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Quinjim

um Quintal com Jardim

Quinjim

um Quintal com Jardim

Agosto 13, 2024

Sofia

Bom dia Caros Quinjianos, eis que voltei, após uma pausa de dois meses, para este espaço maravilhoso dos blogs do sapo.

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Mais do que um desabafo, sinto que devo partilhar a minha ausência, e o motivo é um possível burnout, sim... ando desde março em várias consultas e exames e cada vez mais o prognóstico aproxima-se e confirma-se, tal qual um verídico que não queria muito ouvir.... sinceramente é algo que nunca imaginei que poderia vir a desenvolver, mas enfim... ainda estou a tentar assimilar toda esta situação e a aprender a desacelerar, mas caso os leitores que por aqui se cruzem queiram depois que explique o processo que desenvolvi, desde sintomas a pensamentos, poderei escrever sobre o assunto (crises de ansiedade, sentimento de que ia morrer num episódio de pânico, a hipótese de uma fibromialgia que já foi descartada pela consulta de reumatologia, graças a Deus, e que me fez pensar/sentir que jamais iria ter forças para jardinar e afins...).

Pela primeira vez, que me lembre, não li nenhum livro nas três semanas de férias que gozei em julho, (não aguentei até agosto para tirar férias com o marido), e passei os dias a fazer tarefas físicas simples, até retomei o hobby do crochet que era algo que não fazia há muito tempo, e o resultado, óculos para ver ao perto... este ano está a ser um desenrolar de manifestações da "PDI" se é que me entendem... e desculpem se o texto estiver um pouco desorganizado, será com certeza "espelho" da mente que vos escreve.

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Mas este blog é sobre quintais e jardins e hoje venho partilhar a minha alegria nas frutinhas, que este ano já tive o privilégio de comer, advindas do meu mini pomar e também um pequeno "teste/fracasso" na minha horta, mas, ainda esperançosa, espero que venha a resultar (plantei melancias e melões que não passam de pequenos frutos que são lindos mas não crescem como deveriam).

 

Deixo-vos pois com algumas fotos da frutinha que foi crescendo e com a qual já me deleitei em degustação e que, pela generosidade das árvores, tive o privilégio de poder partilhar com pessoas vizinhas e amigas.

Nota: todas as fotografias deste post pertencem a: https://quinjim.blogs.sapo.pt

Espero voltar ainda este mês, com mais um post, para partilhar duas plantas que foram muito floríferas em julho e alegraram este pequeno quinjim (também este um pouco mais povoado de ervas daninhas, provavelmente mais um "espelho" da minha mente e da falta de energia física), mas não deixo data pois o processo está lento e prefiro não me comprometer com prazos, espero que entendam e obrigado pela visita.

Aos que estão de férias desejo bom descanso e aos que como eu estão em processo de um "possível" burnout apenas deixo como conselho de que, por favor, cuidem de vocês antes de tudo o resto, trabalho e responsabilidade profissional é muito valoroso mas de nada serve se nos colocar numa baixa médica e em medicação, e pior, sem capacidades para realizar as tarefas que amamos e com quem amamos as desempenhar e até breve.

Rosas as Rainhas do Quinjim

Galeria 6 e Galeria 7

Maio 31, 2024

Sofia

Caríssimos quinjianos

Numa sequência de 3 posts, nesta última semana de maio do ano da graça de 2024, irei deixar-vos percorrer a primavera retratada nas galerias de arte natural, do meu pequeno "roseiral". Estes posts são compostos por registos fotográficos e sem textos, até porque as rosas falam por si mesmas. Desejo a todos vós uma boa visita.

 

GALERIA 6

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Rosa "nome desconhecido",  -  roseira trepadeira - compra - que baptizei de rosa "Delícia".

 

GALERIA 7

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Rosa "Gertrude Jekyll"  - roseira inglesa trepadeira - criação de David Austin.

Nota: todas as fotografias deste post pertencem a: https://quinjim.blogs.sapo.pt

Obrigado pela visita e voltarei a postar em agosto, até lá desejo-vos tudo de bom.

Gratidão.

Rosas as Rainhas do Quinjim

Galeria 3, Galeria 4 e Galeria 5

Maio 29, 2024

Sofia

Caríssimos quinjianos

Numa sequência de 3 posts, nesta última semana de maio do ano da graça de 2024, irei deixar-vos percorrer a primavera retratada nas galerias de arte natural, do meu pequeno "roseiral". Estes posts são compostos por registos fotográficos e sem textos, até porque as rosas falam por si mesmas. Desejo a todos vós uma boa visita.

 

GALERIA 3

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Rosa "nome desconhecido" - roseira arbustiva - compra - que baptizei de rosa "Limonela".

 

GALERIA 4

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Rosa "nome desconhecido" - roseira arbustiva - compra - que baptizei de rosa "Vintage".

 

GALERIA 5

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Rosa "nome desconhecido" - roseira trepadeira - herdada - que baptizei de rosa "Candura".

Nota: todas as fotografias deste post pertencem a: https://quinjim.blogs.sapo.pt

Obrigado pela visita e sexta-feira estarão disponíveis as últimas galerias para vossa apreciação.

Gratidão.

Rosas as Rainhas do Quinjim

Galeria 1 e Galeria 2

Maio 27, 2024

Sofia

Caríssimos quinjianos

Numa sequência de 3 posts, nesta última semana de maio do ano da graça de 2024, irei deixar-vos percorrer a primavera retratada nas galerias de arte natural, do meu pequeno "roseiral". Estes posts são compostos por registos fotográficos e sem textos, até porque as rosas falam por si mesmas. Desejo a todos vós uma boa visita.

 

GALERIA 1

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Rosa "St. Swithun"  - roseira inglesa trepadeira - criação de David Austin.

 

GALERIA 2

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Rosa "nome desconhecido" -  roseira arbustiva - ofertada e que baptizei de "Mármore de Morango".

Nota: todas as fotografias deste post pertencem a: https://quinjim.blogs.sapo.pt

Obrigado pela visita e quarta-feira estarão disponíveis mais galerias para vossa apreciação.

Gratidão.

Maio 23, 2024

Sofia

Bom dia quinjianos

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Decidi fazer três posts dedicados aos ajudantes dos jardins, e hoje as contempladas são as rãs. Mas este post não é tanto sobre elas, mas sim, sobre os animais que já existem nos locais onde moramos e que devemos preservar, e sim, lagartixas e osgas incluídas, que também são residentes neste espaço. Antes de eu morar nesta casa, onde habito, todos estes animais já andavam pelo quintal. Foi pela observação e por saber que são animais benéficos que decidimos criar um espaço no caso para as rãs. Se pretenderem saber como fizemos segue o link infra:

 https://quinjim.blogs.sapo.pt/lago-no-quinjim-nenufares-9200

Os anfíbios, de modo geral, são um indicador de "saúde" no jardim, pois eles fixam-se por aqui, porque além de não utilizarmos quaisquer químicos ou fertilizantes no solo, também encontram outros animais para a sua alimentação, que poderá ser desde insetos a caracóis e lesmas, o que cria equilíbrio e menos plantas roídas, são uns bons ajudantes.

 

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Além de gostar de as observar e ver a saltar também gosto muito do coaxar e os meus vizinhos, de vez em quando, dizem que as ouvem quando passam junto ao meu portão, e já tive de as mostrar porque acham-lhes muita graça. Também já reparei que não saltam para o lago quando nos aproximamos, como faziam no início, basta que andemos devagar e ficam tranquilas sobre as pedras.

E se pensam que um jardim é um sítio silencioso, bem, nem sempre, no meu ouvem-se rãs, galinhas, pássaros, cães, gatos, o vento e as águas, e tudo é música para os meus ouvidos.

Quanto mais me permito mais me encanto com toda a dinâmica neste "éden", tudo se equilibra e eu mais do que uma cuidadora, torno-me apenas, uma observadora e, de vez em quando lá faço uma manutenção nas plantas, mas pouco mais. Um jardim é mais fácil de cuidar do que uma horta, pelo menos na minha opinião, apenas precisamos de escolher as plantas certas para o nosso clima e espaço e deixar os animais fazerem a parte deles.

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Nota: todas as fotografias deste post são de rãs que moram no pequeno lago por isso pertencem a: https://quinjim.blogs.sapo.pt

Caríssimos(as) visitantes deste blog, informo de antemão, de que não irão haver posts durante os meses de junho e julho, mas na última semana deste mês publicarei ainda 3 postais especiais, para compensar e celebrar a primavera. Voltarei depois a postar na primeira quarta-feira de agosto e, claro, continuarei a ler os bloggers deste cantinho do sapo, mas talvez comente um bocadinho menos. Assim sendo votos de continuação de boa semana.

Gratidão

II - Ajudantes do Jardim

Borboletas, joaninhas, abelhas e outros mais.

Maio 16, 2024

Sofia

Bom dia quinjianos

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Decidi fazer três posts dedicados aos ajudantes dos jardins, e hoje os contemplados são os insetos, apreciemos então estes pequenos seres que são fulcrais para a nossa existência,  independentemente de simpatizarmos ou não com eles.

É nesta altura do ano que os nossos jardins se tornam vitais, isto porque as terras estão prontas para a lavoura e muitas das plantações efectuadas para que se alimente a humanidade. Por aqui já se notam mais visitantes, que vão desde as leves e delicadas borboletas, às joaninhas, abelhas, abelhões, vespas, traças… enfim, seres que contribuem para que tenhamos alimentação e fibras para o vestuário, quer seja pela polinização ou por controlarem as pragas dos "menos amigos" dos jardins e hortas, equilíbrio é tudo. Mas nem sempre conseguimos prover para todos, pois existem plantas autóctones específicas que são a alimentação de alguns destes insetos e aí entram as famosas “ervas daninhas”. Assim sendo, eu sei, que por mais cuidado que tenha na escolha de plantas melíferas ou benéficas, nem sempre terei um “cardápio” para todos os gostos, por isso é tão importante, que nas zonas de campo, existam faixas de terra onde as flores autóctones estejam disponíveis e, assim, ficamos todos a ganhar. 

 

 

Pequenas ações para ajudar os polinizadores:

O dia mundial da criança aproxima-se e, esta será uma ideia para fazerem alguma atividade com eles, que além de permitir leituras com livros sobre polinizadores e alimentação, permite ainda o uso da criatividade, pois eles poderão ser incentivados a fazer um hotel de insetos. Caso as crianças sejam muito pequenas é melhor utilizar só cartão para que não se magoem, mas caso sejam adolescentes ou jovens é só procurar um modelo, juntar os materiais e mãos à obra, mas tenham em particular atenção, caso usem canas ou pequenos tubos de outras plantas, que será necessário lixar e retirar quaisquer farpas, pois podem ser fatais para as delicadas asas destes seres.

Também podemos deixar no jardim pequenas "áreas naturais", ou seja, deixar alguns arbustos ou ervas por aparar, assim como pequenas pilhas de troncos ou pedras, para que estes espaços sirvam de abrigo. As urtigas também servem de alimento para alguns insetos incluindo borboletas, por isso quando vir algumas no jardim e não tenha tempo de o limpar sinta-se feliz, está a fazer uma boa ação.

Todos precisamos de água e, no vaso, onde vejo os pássaros a bebericar e a tomar banho, também já vi vespas e abelhas a hidratarem-se. Se poder tenha sempre um pequeno prato ou bacia com um bocadinho de água disponível.

Evite utilizar pesticidas que podem comprometer a vida dos polinizadores, eu só tive joaninhas porque tive pulgões, é assim que acontece. Existem mais ações que não estão aqui descritas, por isso, caso queira, poderá indicar algumas sugestões e boas práticas nos comentários.

Post Scriptum: no blog do nosso Colega Blogger Danny the Fox, vão encontar tesouros em fotografias e descrições maravilhosas sobre estes seres e não só: https://bicho-do-mato.blogs.sapo.pt

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Nota: todas as fotografias deste post são de animais/insetos que me permitiram pela sua graciosidade e beleza estes registos e por isso pertencem a: https://quinjim.blogs.sapo.pt

Votos de continuação de boa semana e até à próxima quinta-feira.

Gratidão.

Maio 09, 2024

Sofia

Bom dia quinjianos

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Rola-turca conhecida também como Rola-de-Colar

Decidi fazer três posts dedicados aos ajudantes dos jardins, e hoje os contemplados são os pássaros, mas não os de Alfred Hitchcock, não temam, são só os meus "vizinhos" que habitam numa laranjeira e tangerineira do quintal ao lado do meu e que está sem moradores humanos.

Os pássaros são ajudantes do jardim, mas para algumas pessoas que têm árvores de fruto e hortas eles podem ser considerados como uma praga, tudo é uma questão de perspectiva em relação à visão que temos sobre estes animais e sobre a alimentação. Todos temos o nosso lugar na natureza, se existimos e coexistimos é porque há equilíbrio para que isso aconteça, mas temos de ser cautelosos e também cuidadores, pois no passado dia 7 de maio, saiu um artigo no separador planeta, da página principal do sapo, a revelar um estudo sobre o declínio de algumas espécies no território peninsular, e as famosas andorinhas estão entre as aves em risco.

 

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Os pássaros também gostam de arte no jardim

As rolas-turcas e os pardais-comuns, ou também denominados de pardais dos telhados, são uma visita constante no meu terraço pois vêm beber água nos pratos dos vasos.

Desde que os observo que fiquei encantada pois são seres "sociais" entre si, no caso das rolas noto que os laços entre elas são fortes, o casal que habita na laranjeira do quintal ao lado vem beber água aqui e, ainda ensinam as crias a fazer o mesmo, mas há dois anos atrás uma caiu do ninho e colocamo-la no muro do vizinho e os pais iam alimentá-la, mas dois dias depois desapareceu, pois também temos gatos que gostam de percorrer os quintais para se alimentarem, confesso que não sei realmente o que se passou, mas tive pena, ainda que saiba que a natureza é assim. Já os pardais, ainda que muito "conversadores", adoram vir em grupos para se banharem no vaso e, fica sempre um, ou dois, a fazer "guarda" enquanto a maioria se diverte, acho que nem os romanos nas suas famosas termas fariam tal festim. Também gosto de ver os pardais a fazer a "limpeza" ao tapete de entrada, pois estas admiráveis criaturas, nesta altura do ano, gostam de "catar" os pêlos dos cães para levar para os ninhos, e com os bicos cheios com os finos fios parece que "ganham" uns bigodes, enfim, uma delícia de se ver.

 

 

As fotografias neste post não têm muita qualidade, mas o que vos pretendo mostrar é a vida que estes seres trazem ao jardim e a alegria que me proporcionam, claro que nada do que eu tenha aqui carece de cuidados, mas caso tivesse árvores de fruto bastaria comprar uma rede de proteção.

Eu já fui muito "distraída" em relação à vida que gravita à minha volta, mas hoje em dia os primeiros sons em que me foco, antes de ouvir quaisquer palavras humanas, são advindos das caudas dos meus cães a bater em todo o lado, tal é a felicidade porque vão à rua e, o cantar dos meus vizinhos pássaros que tanto me apraz. 

O blog https://cafphotos.blogs.sapo.pt, que sigo com muita consideração, é onde me educo na observação de aves que por aqui não vejo, mas que se calhar ouço, ainda que não as saiba identificar. E claro, se gostam destes animais tão leves, breves, mas alegres, vejam o blog que é repleto de fotografias maravilhosas e apresentação das espécies e vão ficar encantados/as.

 

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Pardal domesticus conhecido como Pardal-comum

 

 

Nota: todas as fotografias deste post são dos meus vizinhos pássaros e visitantes no jardim pelo que são de: https://quinjim.blogs.sapo.pt

Votos de continuação de boa semana e até à próxima quinta-feira.

Gratidão.

Maio 02, 2024

Sofia

Bom dia quinjianos

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As frésias, donas de um aroma delicado, floriram em sucessão das tulipas e narcisos, alegrando e perfumando este pequeno "quinjim". São lindíssimas estas plantas e, quase não exigem cuidados além da rega normal Os bolbos depois de plantados no final do inverno florescerão no verão, mas eu tentei plantar em início de janeiro e agora estou com o canteiro, do tanque, todo florido com estas preciosidades de fragrância inconfundível. Depois da floração eu corto as hastes e deixo que as folhas sequem para que no próximo ano voltem a florir. Pode encontrar frésias de flores simples ou de flores "dobradas" e em muitas cores.

Os gladíolos nanus, bem mais pequenos dos que os comummente conhecidos de grande porte, são igualmente singelos fazendo uma bela conjugação com as frésias num arranjo floral. As flores são delicadas mas muito resistentes, eles nascem entre o inverno e a primavera, bem antes dos maiores que florescem no verão. Precisam do sol da primavera, mais ainda que as frésias que toleram alguma sombra. Os gladíolos nanus podem precisar de suporte, mas misturados com outras plantas nos canteiros são uma alegria primaveril.

 

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A delicadeza de cada uma destas flores, que se agrupam nas suas hastes, lembra-me uma feliz memória do final da minha infância, de quando, com a minha pequenina semanada, juntei dinheiro para oferecer à minha mãe um guarda-joias, muito simples, de plástico, mas que era uma caixinha de música. Quando se abria tinha espelhos e, tínhamos que colocar dois, pequeníssimos e frágeis cisnes para os ver movimentar e refletir. As joias seriam poucas, a caixa de música deste guarda-joias também pequenina, e as figuras de uma candura e fragilidade que, também elas, tinham de ser manuseadas com cuidado, para não quebrarem, tais pétalas de flores tão divinamente executadas, mas era tudo tão mágico, tão puro... que nem o ouro ofuscava a preciosidade de tal cuidado e bailado. O excerto da música se me recordo não era do famoso bailado do lago dos cisnes, mas sim, do tema sonoro, do filme Love Story, composto por Francis Lai e com letra de Carl Sigman, mas são memórias e, não tenho a certeza se me traem ou se estou correta, a caixinha já não existe e a minha mãe também não, pelo menos nesta existência que conhecemos, mas são fragmentos de lembranças que estas flores me fizeram recordar.

Depois destas memórias esbatidas pelo tempo, aconselho a que celebremos no próximo domingo, dia 5 de maio, todas as Mães, as presentes, as ausentes, as que somos ou não somos, as que ainda o irão ser e, não só as que geraram vida, mas todas as que cuidam e amam, os seus "rebentos", as suas "flores", as suas "árvores", que povoam este mundo da natureza humana. E se é desta natureza humana que somos parte da vida, que não esqueçamos o significado, que nos caracteriza e, que, advém da humildade, que por sua vez se originou da palavra húmus, pois todos somos pó da terra. Sejamos então como uma simples caixinha de música, ou uma flor, capazes de se abrir para a vida, partilhando os nossos tesouros e a verdadeira riqueza da nossa essência mais pura.

Em sequência, celebremos também o dia mundial da Língua Portuguesa, que se une no mesmo dia às Mães, as primeiras e verdadeiras "professoras" que nos apresentam o mundo das palavras. Se não acredita que a língua materna "advém" das nossas cuidadoras amorosas veja o filme Nell (dirigido por Michael Apted e baseado nos escritos de William Nicholson e Mark Handley), com a maravilhosa, e única, Jodie Foster, que não só perceberá a influência dessa transmissão da fala mas também de tantas outras pérolas, tais como os afetos, os medos e a ligação genuína com a natureza.

 

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Nota: todas as fotografias deste post são de: https://quinjim.blogs.sapo.pt

Continuação de boa semana e até à próxima quinta-feira.

Gratidão.

Abril 19, 2024

Sofia

Bom dia quinjianos

Neste post veremos duas plantas bolbosas, uma "manifesta" paixão minha, mas, que pela exuberância e elegância das mesmas são muito apreciadas, por quase todos os que gostam de flores e pelas simbologias primaveris a que se associam.

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As "túlipas" ou tulipas, (há quem escreva com acento e sem e não encontrei uma concordância para o que seria o mais correto, assim sendo diferencio no texto e no título as duas formas de escrever) são plantas delicadas e ao mesmo tempo imponentes. Ainda que, por experiência, tenha verificado que estas belezas primaveris não renasçam de ano para ano, ao contrário dos magníficos narcisos, eu não resisto e todos os outonos coloco algumas no solo ou em vasos para as apreciar no início da primavera. A escolha do ano passado, que me permitiu usufruir destas graciosidades, foram da variedade Triumph, um clássico no "mundo" dos jardineiros, passo a especificar: nas duas primeiras fotografias temos as tulipas denominadas de "Happy Feet" ou "Happy Generation" (pode encontrá-las sobre estes dois nomes, e existe com outra coloração mais rosada e listras roxas) e a tulipa "Alibi", que pode ser mais arroxeada ou rosada e está retratada infra. 

A variedade Triumph, têm hastes robustas assim como flores, pelo que são ideais por causa dos ventos, gostam de zonas de sol mas não demasiado forte e são boas para solo alcalino, por isso são a opção certa para a minha zona. Se gosta de tulipas posso dizer-lhe que existem várias variedades e todas muito elegantes. Nos dois últimos anos foi trend a tulipa "La Belle Époque", mas como não sou de trends nunca adquiri os bolbos, quem sabe, passando de moda, eu experimente, mas as cores mescladas em tons pastéis de rosado são lindíssimas admito.

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Tudo tem um princípio, meio e fim e, por vezes, queremos eternizar, pelas fotografias, a parte mais feliz do processo da vida. É a arte de preservar o belo, seja nas palavras, nas imagens, nas descrições ou canções dos feitos valorosos, mas onde ficam de facto os cheiros, o tacto, as sensações verdadeiras?! Será que as imagens e a memória de algo são suficientes para manter "vivos" os momentos dando-nos satisfação, pois se assim fosse talvez não sentíssemos saudades, ou servem só para consolo das nossas emoções?! Será que estamos só a adiar o inevitável fim do que é real pela substituição do irreal?!

Eu também tento eternizar a beleza destas flores, e no caso todas estas fotografias já são só memória, pois a floração já passou, o cheiro dos narcisos que cresceram junto da entrada e do portão já não perfumam o dia a quem por ali passa, mas fica a esperança de que no ano da graça de 2025 voltem a renascer, para que eu possa (re)vê-los, senti-los, cheirá-los.

Bem as plantas bolbosas têm uma magia única, enquanto que umas se findam outras guardam toda a "vida" nos seus bolbos, protegidos no seio da terra, para que na época certa voltem a renascer. O que estas plantas me ensinam é de que alguns seres podem usar o coração (bolbo) para renascer nesta mesma vida, melhorando-se, crescendo e evoluído, no tempo e espaço, mas que outros tantos se findam, sem nutrir de bons sentimentos o seu centro vital e, por isso, não se renovam na possibilidade ofertada por cada primavera da vida.

 

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Os narcisos, em cada haste floral, podem produzir uma só flor ou várias conforme a variedade. Em Portugal e Espanha temos uma variedade autóctone os "narcissus cyclamineus", que se podem encontrar na natureza, são mais pequeninos e de flor amarela, mas nos jardins por norma colocamos narcisos mais robustos. Os meus favoritos são os da fotografia acima deste texto, sendo uma variedade híbrida e denominados de "Sir Winston Churchill", a fragrância que deles emana é tão maravilhosa, que todos os dias, durante a floração, vou visitá-los pela manhã cedo e no final da tarde. Nas duas fotos seguintes temos os narcisos "White Surprise" (cujo centro pode vir com tons amarelos ou alaranjados). Mas existem tantas outras variedades que poderá escolher, desde os famosos "Fortune" ou "Rembrandt", de lindas flores afuniladas amarelas, ou os narcisos "Actaea", muito apreciados pela sua delicadeza e aroma.

Caso tenha curiosidade sobre o ser na fotografia infra, verifique o maravilhoso blog, Arca de Darwin, que no dia 5 de abril postou sobre estes amigos dos jardins e "semi-amigos" das flores, segue o link: https://arcadedarwin.blogs.sapo.pt/escaravelho-das-flores-oxythyrea-536344#cutid1Neste blog irá ainda conhecer muitas plantas de flor autóctones portuguesas, que eu não sabia existirem e que muito me tem ensinado. 

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Nota: todas as fotografias deste post são de: https://quinjim.blogs.sapo.pt

Votos de bom fim de semana e até à primeira quinta-feira de maio.

Gratidão.

Abril 12, 2024

Sofia

Bom dia quinjianos,

Amores-perfeitos nas floreiras em abril é pura ternura primaveril.

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Eu não acredito em "amor-perfeito", enquanto sentimento, se existe talvez seja só no gentil nome atribuído a estas belas flores, mas o amor semeia-se, trabalha-se, nutre-se... nascendo e morrendo no seu tempo e, renascendo se as condições o proporcionarem, em terreno fértil e sempre se for bem cuidado. Amor é um ato mais que uma ideia, por isso semeie boas palavras e atitudes e, aceite o amor da natureza e dos que realmente o sentem de forma genuína por si, para tudo o resto bastará respeito para que as relações sejam cordiais. Amar verdadeiramente talvez só o consigamos com poucos, mas respeitar a muitos é uma das minhas ideias de viver em contentamento nesta existência, e para si?! Talvez respeitar seja também um ato de amor... e todos podemos ter essa forma de estar e viver, pois torna tudo tão mais doce e leve... não concorda?! 

 

 

Bem, se já não vai a tempo de semear estas flores por causa das condições atmosféricas na zona onde vive, e porque elas não suportam tempo muito quente, agora poderá, por um valor "simpático", comprar alguns já que é a época deles "brilharem" nos jardins. Mas para o outono ou no fim do inverno do próximo ano, pode semear (guarde as sementes dos que comprou em flor ou compre um pacote de sementes para testar) pois são plantas fáceis de germinarem e florescerem, e para saber quando o fazer, seja com estas plantas ou outras, bastará ver as instruções no pacote de sementes, é quase como ler uma bula de medicamentos, adapte e verá que são muito fáceis de cuidar,  e não se esqueça que eles precisam de sol pelo menos por um período do dia (cerca de 4 horas) para que floresçam magnificamente. E como pode ver na última fotografia não somos só nós que nos beneficiamos destes amores-perfeitos.

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Nota: algumas das fotografias neste post são dos amores-perfeitos do ano passado e que estavam no meu canteiro e as deste ano foram tiradas às floreiras da queridissima sogra do meu irmão, a Sra. D. Idalina, que após um excelente almoço no domingo de Páscoa, por ela confeccionado e oferecido, gentilmente permitiu-me este registo, pelo que pertencem a: https://quinjim.blogs.sapo.pt  

Votos de bom fim de semana e até à próxima sexta-feira.

Gratidão

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